Pré-eclâmpsia: o que é, sinais de alerta, prevenção e cuidados

A gestação é um período único e cheio de descobertas, mas também pode trazer algumas condições de risco que exigem atenção especial. Uma das mais conhecidas é a pré-eclâmpsia, que afeta de 2 a 8% das gestações em todo o mundo e pode ter consequências sérias se não for identificada e acompanhada de perto (Wikipedia).

No Descobrindo Juntas de hoje, vamos explicar o que é a pré-eclâmpsia, quais os fatores de risco, como é feito o diagnóstico, quais os sinais de alerta, a diferença entre pré-eclâmpsia e hipertensão, além de estratégias de prevenção e mudanças no estilo de vida que podem reduzir os riscos.


O que é a pré-eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é uma síndrome da gravidez caracterizada por hipertensão arterial (≥ 140/90 mmHg) acompanhada de alterações em órgãos maternos (como rins, fígado, cérebro) ou presença de proteína na urina.

Tradicionalmente, o diagnóstico é feito após 20 semanas de gestação, mas pesquisas recentes mostram que sinais precoces e fatores de risco podem aparecer antes das 20 semanas, principalmente em mulheres com hipertensão crônica ou condições pré-existentes (Circulation – American Heart Association).


Diferença entre pré-eclâmpsia, hipertensão e pressão alta

Muitas pessoas confundem os termos, mas existem diferenças importantes:

  • Pressão alta: termo genérico para pressão arterial elevada, independente de causa.

  • Hipertensão crônica: quando a mulher já tinha pressão alta antes da gestação ou desenvolve antes de 20 semanas.

  • Hipertensão gestacional: quando a pressão se eleva durante a gravidez, mas sem sinais de comprometimento de órgãos.

  • Pré-eclâmpsia: é mais grave, pois além da pressão elevada, envolve alterações nos rins, fígado, cérebro ou risco direto para o bebê.


Fatores de risco e grupos mais vulneráveis

Qualquer gestante pode desenvolver pré-eclâmpsia, mas alguns fatores aumentam a probabilidade:

  • Hipertensão crônica antes da gravidez

  • Obesidade

  • Diabetes tipo 1 ou 2

  • Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos)

  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia

  • Idade materna < 20 anos ou > 35 anos


Diagnóstico e rastreamento precoce

Apesar de mais comum após 20 semanas, hoje já existem formas de rastrear o risco ainda no primeiro trimestre (entre 11 e 14 semanas), combinando:

  • Histórico clínico da gestante

  • Medição da pressão arterial

  • Exames laboratoriais (como PlGF, fator de crescimento placentário)

  • Ultrassom com doppler uterino

Em 2024, um teste domiciliar inovador chamado Encompass foi aprovado nos EUA. Ele pode identificar risco de pré-eclâmpsia entre 18 e 22 semanas com 90% de precisão (Parents.com).

Isso reforça que o acompanhamento pré-natal é essencial desde o início da gravidez.


Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas da pré-eclâmpsia podem variar, mas os principais incluem:

  • Inchaço súbito em mãos, pés e rosto

  • Dor de cabeça intensa

  • Alterações visuais (visão turva, pontos brilhantes)

  • Dor na parte superior do abdômen

  • Náusea ou vômitos em excesso

  • Ganho de peso rápido e inesperado

Atenção: em alguns casos, a condição pode ser silenciosa, reforçando a importância das consultas de pré-natal.


Tratamento e acompanhamento

O único tratamento definitivo para a pré-eclâmpsia é o parto. No entanto, até esse momento, médicos podem adotar medidas de monitoramento e cuidados clínicos para reduzir riscos para mãe e bebê.

É importante reforçar:

  • O acompanhamento médico próximo é fundamental para definir a melhor conduta.


Estilo de vida e prevenção

Mudanças no estilo de vida podem contribuir para reduzir o risco de desenvolver pré-eclâmpsia:

Alimentação saudável

  • A dieta DASH pode reduzir em até 35–45% o risco de pré-eclâmpsia (MDPI).

  • A dieta Mediterrânea também mostrou benefícios, reduzindo em cerca de 20% o risco, especialmente em gestantes negras e de alto risco.

Atividade física

Exercícios leves a moderados (como caminhada, pilates, hidroginástica) podem ajudar no controle da pressão e no bem-estar da mãe (ScienceDirect).

Outros fatores

  • Manter peso adequado antes e durante a gestação

  • Evitar cigarro e álcool

  • Reduzir estresse e priorizar o sono


Estatísticas importantes

  • Incidência global: 2 a 8% das gestações

  • Principal causa de internação em UTI obstétrica

  • Pode aumentar risco de parto prematuro e restrição de crescimento fetal

  • Redução de risco: 35–45% com dieta DASH e ~20% com dieta Mediterrânea

(Fonte: Wikipedia, MDPI)


Glossário

  • Pré-eclâmpsia: síndrome gestacional com pressão alta e disfunção de órgãos.

  • Hipertensão crônica: pressão alta que já existia antes da gestação ou surge antes de 20 semanas.

  • Hipertensão gestacional: pressão alta que aparece durante a gravidez, mas sem alterações em órgãos.

  • Dieta DASH: plano alimentar focado em reduzir a pressão arterial.

  • Dieta Mediterrânea: padrão alimentar baseado em frutas, vegetais, grãos, azeite e peixe.

  • PlGF: fator de crescimento placentário, usado em testes de risco para pré-eclâmpsia.


Disclaimer

Este conteúdo é informativo e não substitui a orientação médica. Cada gestação é única. Se você está grávida ou planejando engravidar, converse sempre com seu obstetra para avaliação individualizada.


Conclusão

A pré-eclâmpsia é uma condição séria, mas com informação, rastreamento precoce e acompanhamento adequado, é possível reduzir riscos e proteger tanto a mãe quanto o bebê.

Manter um estilo de vida saudável, seguir as orientações médicas e valorizar cada consulta do pré-natal são passos essenciais nessa jornada.

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