A gravidez é uma fase transformadora, mas também exige cuidados médicos regulares para proteger a saúde da mãe e do bebê.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um pré-natal bem conduzido salva vidas, reduz complicações e melhora a experiência da gestante.
O que é a OMS e por que ela é relevante?
A OMS (em inglês, WHO – World Health Organization) é a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1948.
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Atua em mais de 150 países.
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Define diretrizes globais de saúde baseadas em evidências científicas.
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Coordena esforços para reduzir desigualdades e garantir acesso a cuidados básicos de saúde em todo o mundo.
 
Por isso, quando a OMS recomenda práticas de pré-natal, trata-se de orientações seguras, confiáveis e aplicáveis internacionalmente.
Mortalidade Materna: Um alerta global
Mesmo com avanços, os números ainda preocupam:
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Em 2023, mais de 700 mulheres por dia morreram por causas evitáveis ligadas à gestação e ao parto — cerca de 260 mil mortes no total. Isso significa uma morte a cada 2 minutos.
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Quase 92% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda.
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As principais causas: hemorragias graves, infecções pós-parto, pré-eclâmpsia/eclâmpsia, complicações no parto e abortos inseguros.
 
🔑 A boa notícia: a maioria dessas mortes poderia ser evitada com acompanhamento pré-natal de qualidade e assistência ao parto feita por profissionais capacitados.
Quantas consultas a OMS recomenda?
Antes, eram sugeridas apenas 4 consultas.
Hoje, a OMS orienta no mínimo 8 consultas durante a gravidez, pois isso:
✅ Reduz mortes perinatais
✅ Detecta precocemente complicações
✅ Melhora a experiência da gestante
Linha do tempo sugerida:
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Até 12 semanas: 1ª consulta
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20 semanas
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26 semanas
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30 semanas
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34 semanas
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36 semanas
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38 semanas
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40 semanas
 
O que deve ser feito em cada consulta de acordo com a OMS?
Em cada contato, a gestante deve receber:
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Aconselhamento nutricional e incentivo à atividade física.
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Suplementação com ferro e ácido fólico (30–60 mg de ferro + 400 µg de ácido fólico).
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Vacinação antitetânica e rastreamento de infecções (sífilis, HIV, malária em áreas endêmicas).
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Ultrassonografia até 24 semanas para estimar idade gestacional e detectar anomalias fetais.
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Monitoramento da pressão arterial e sinais de pré-eclâmpsia.
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Orientações sobre parto, amamentação e cuidados pós-parto.
 
Nutrição: Pilar fundamental do pré-natal
A alimentação saudável é decisiva na gestação. A OMS recomenda:
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Educação nutricional em todas as consultas.
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Aumento da ingestão de energia e proteína em populações com risco de desnutrição.
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Garantir fontes ricas em ferro, ácido fólico, cálcio, iodo e vitamina D.
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Uso de suplementos de ferro + ácido fólico para todas as gestantes.
 
Saúde mental na gestação
A gravidez não envolve apenas corpo, mas também mente.
A OMS recomenda:
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Avaliar sinais de depressão e ansiedade em todas as consultas.
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Garantir apoio emocional e, quando necessário, encaminhar a tratamento especializado.
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Incentivar a criação de uma rede de apoio (companheiro, família, comunidade).
 
Prevenção da violência doméstica
Infelizmente, a gestação pode aumentar a vulnerabilidade à violência.
Por isso, a OMS orienta:
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Investigar sinais de violência física, psicológica ou sexual nas consultas.
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Criar um espaço de escuta segura para a gestante.
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Encaminhar para serviços de proteção e apoio sempre que necessário.
 
O papel dos profissionais qualificados
O acompanhamento deve ser feito por obstetras, enfermeiros obstétricos ou parteiras capacitadas.
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Em países de alta renda, 99% dos partos são assistidos por profissionais de saúde.
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Em países de baixa renda, esse número cai para 73%, o que explica parte da desigualdade nas taxas de mortalidade.
 
Promoção de hábitos saudáveis
O pré-natal também é o momento para reforçar escolhas que impactam diretamente na saúde do bebê:
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Parar de fumar, evitar álcool e drogas.
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Incentivar a prática de atividade física leve a moderada (quando não houver contraindicação).
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Orientar sobre sono, hidratação e autocuidado.
 
Pré-natal humanizado: mais do que consultas
A OMS reforça que qualidade é tão importante quanto quantidade.
Isso inclui:
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Atendimento respeitoso, sem discriminação ou violência obstétrica.
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Participação ativa da gestante nas decisões sobre sua saúde e o parto.
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Uso de tecnologias digitais (como lembretes de consultas por SMS).
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Fortalecimento dos sistemas de saúde para garantir acesso equitativo a todas as mulheres.
 
Glossário
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OMS (WHO): Organização Mundial da Saúde, agência da ONU que lidera políticas globais de saúde.
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Pré-natal (Antenatal care): conjunto de consultas, exames e orientações durante a gravidez.
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Perinatal: período próximo ao nascimento, incluindo semanas antes e depois do parto.
 - Parto humanizado: abordagem que valoriza a mulher como protagonista, com respeito e apoio físico e emocional.
 
Fontes Oficiais da OMS
⚠️ Disclaimer: Este conteúdo é informativo e baseado em recomendações oficiais da OMS. Ele não substitui a orientação médica individualizada. Procure sempre o acompanhamento de um obstetra ou profissional de saúde qualificado.
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